Quando assisti pela primeira vez ao curta Maré Capoeira (2005), da diretora Paola Barreto, fiquei em exctase. A narrativa é feita em off e é contada por João, um menino negro, capoeirista, cujo o apelido na capoeira é Maré. Maré é filho de mãe capoeirista e pai mestre de capoeira. Uma das coisas encantadoras no curta é o respeito com que o menino trata a arte. Outro aspecto encantador é a maneira como conta, com orgulho, a linhagem de mestres de capoeira que tem em sua família. A diretora ainda se preocupa em passear pela história da capoeira, de seus mestres mais famosos e da repressão afligida ao povo negro por praticar essa arte. Não bastasse apresentar esses temas de forma lúdica e didática, através de inserts e animações, a diretora ainda nos brinda com a divertida dinâmica de Maré e sua uma opositora na roda. De forma hábil, Paola Barreto consegue costurar e sintetizar a história dessa arte marcial e porque não, do povo negro, através do olhar de uma criança apaixonada pela capoeira.
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