terça-feira, 26 de agosto de 2008

MEU GRIÔ


Guerreiro Massai
Pavão Mc


“Prontos pra guerra,
Contra o preconceito que ainda nos emperra
Sai pro jogo com a pele forjado no fogo
Pede a bênção no pé do berimbau
Dessa vez, é pra contar a nossa versão,
Tal qual, a nação palmarina,
Do qual, o rei Zumbi foi meu ancestral
E Dandara foi a general das batalhas
Sem medalhas,
Construíram muralhas pra conter nossas glórias
Mas nossas vitórias, vem com as histórias contadas por meu avô
Ritmo e poesia com a pele da minha cor
Meu griô estampado na escrita de Leopold Sedar Sengnhor
Negritude, atitude escrita, grafitada, dançada ou falada,
Resistência arquitetada ou improvisada
Escrevo o que quero como Bantu Steve Biko e não dá nada se o berimbau tocar um corrido, uma chula, uma ladainha ou uma quadra
Sem contos de fada pro ouvinte,
Pois hip hop é o seguinte,
Válvula de escape pro candidato a pedinte
Me dê uma palavra que multiplico por vinte
Filosofia em forma de poesia é o que eu desejo
Pois meu quilombo, tem a força de Carolina de Jesus no quarto de despejo."

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