sexta-feira, 23 de setembro de 2011

The Shield, Acima da Lei e acima da média!


Outro dia conversava com uma amiga que me contou estar viciada em uma série que eu havia indicado a ela: The Shield, Acima da Lei. Confesso que senti vontade em rever. Ainda não assisti a série The Wire (A Escuta), que arrancou elogios mundo a fora (a falta de tempo para me manter atualizado é cruel). Mas até então, The Shield é, se não a melhor, uma das melhores produções policiais já feitas para tv, na minha opinião. The Shield conta o dia a dia de uma equipe de policiais corruptos liderada pelo detetive Vic Mackey (Michael Chiklis) no distrito de Farmington, em Los Angeles. 
                                      Shawn Ryan
criador da série, Shawn Ryan, conseguiu imprimir personalidades extremante complexas a seus personagens. O autor é hábil em construir traços de caráter tridimensionais as personagem, a cada episódio. E não se engane, ninguém é santo. A todo momento o senso moral e ético é colocado a prova com argumentações desconfortáveis e constrangedoras, mas que inacreditavelmente nos levam a cogitar o 'incogitável'. E mesmo que no final das contas essas ações não prevaleçam, o simples fato de nos fazer pensar nestas situações merece aplauso pela força dos seus argumentos. 
E vamos combinar, Vic Mackey é um dos maiores anti heróis modernos já inventados. Como dizia minha amiga, 'é constrangedor torcer por um policial corrupto como Vic'. Mais uma vez, mérito da ótima construção de personagem, mas também, de atuações convincentes do ator Michael Chiklis. Chiklis consegue tonar um 'tira' corrupto, sacana e capaz de matar amigos de trabalho em uma figura simpática, possuidor de compaixão, amorosa com a família e solidária com os colegas. 
O time de bons atores novatos e veteranos, se mistura a tramas bem escritas que falam de política, racismo, corrupção, sexualidade, dramas familiares, violência, entre outros temas. The Shield ainda conta com uma equipe técnica de muita responsa. Longe dos clichês visuais, a   fotografia e a direção da série é moderna e tão bem produzida que conseguiu emplacar sua marca registrada. Passei noites em claro, atônito, assistindo as sete temporadas da série. Minha amiga confessou a mesma coisa. Na verdade The Shield é uma série muito injustiçada, mais prestigiada do que premiada como série dramática. Mas você assistir The Shield e não se emocionar com suas histórias, eu tiro esse post do ar (metaforicamente falando, claro). 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Prêmio Hip Hop Zumbi Edição Dandara

     Designer Cristiano Gomes. Foto Felipe Barreira. 

Dia 20 de novembro acontecerá a maior premiação de hip hop do Distrito Federal, o Prêmio Hip Hop Zumbi Edição Dandara. A arte da logo ficou por conta do meu mano e designer Cristiano Gomes. A modelo e garota propaganda da edição 2011 na capa é a band líder e bgirl  Fabiana Balduíno da crew BSB Girls. Talentos do hip hop candango. Não percam!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Os Flamingos de Boston

A série Justiça Sem Limites (Boston Legal) de David E. Kelley é sem dúvida uma das produções para televisão mais inteligentes que já assisti. Para além da neurose norte americana no campo do direito (e estamos herdando isso com certeza) e a minha impaciência para a mesmice de produções desse gênero, fiquei impressionado com o conteúdo. Estou falando sério, é uma das séries mais inteligentes, dramáticas, irônicas, sarcásticas e criativas que já vi. Assisti as primeiras temporadas em menos de três dias. Criada pelo produtor David Kelley, Justiça Sem Limites acompanha a vida do advogado Allan Shore (James Spader) em uma firma de advocacia na cidade de Boston. Aliás, Allan Shore surge como uma espécie de continuação para o mesmo personagem que aparece na última temporada da extinta série The Pratice. Segundo Kelley, a personagem era tão carismática que o produtor fez questão de convidar o ator para Boston Legal.
Willian Shatner como o 'infalível' e 'senil' advogado Danny Crane, faz par com Allan Shore. Completam esse time a veterana Candice Bergen e vários outros atores que mudam inexplicavelmente ao longo das temporadas. Até aí nada demais. Mas o que falta de criatividade e habilidade para contar histórias em outras produções, sobra em Boston Legal. Começa pelo fato de James Spader não surgir como protagonista em seus primeiros episódios. Ele aparece como coadjuvante e pouco a pouco conquista espaço na história. Outra coisa interessante é a quantidade de esteriótipos apresentados ao telespectador. E o que a primeira vista poderia ser interpretado como polêmica barata, revela-se como uma hábil construção de personagens. Cada figura é desconstruída e suas motivações se mostram cada vez mais complexas do que aparentam.
A quantidade de figuras bizarras e situações esdrúxulas na série me impressionam. Mas a capacidade de Kelley de argumentar sobre essas figuras e situações me impressionam ainda mais. David E. Kelley estudou direito e fala com muita propriedade sobre o tema. Mas o 'processo' aqui (com o perdão do trocadilho) é de desconstrução do sistema. A avalanche de críticas e auto críticas ao sistema e ao país é absurda. Temas polêmicos e atuais, causas perdidas e situações hilárias, são um desafio que o autor parece adorar escrever. E convenhamos, Kelley rege com maestria, pois cada defesa e apelação das personagens no tribunal nos levam a rir, torcer e refletir. A improvável e inexplicável amizade das personagens de Allan Shore e Danny Crane são uma atração a parte. Um é democrata e defensor dos direitos humanos, o outro é republicano, reacionário, sofre do mal da vaca louca, é a favor das armas e cheio de preconceitos. Mesmo assim o autor torna esses improváveis amigos em âncoras da série.
Outra característica genial é a metalinguagem nos diálogos das personagens. Em vários momentos os atores falam de suas vidas como se fossem personagens de uma série de tv, fato que não deixa de ser uma crítica ao próprio modus operandi da televisão americana. Ainda poderia falar muito sobre a série, mas perderia a graça. Quem puder assista a ótima Boston Legal, Justiça Sem Limites e descubra as peripécias dos dois flamingos de Boston.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ação Periferia / 10 de Setembro de 2011

    Fotografia e edição Tatiana Reis.

Ação Periferia - Especial Criolo by Ação Periferia

Neste programa o Ação Periferia conversou com Criolo e DJ Dan Dan na festa Funfarrita, realizada no DF, na casa de show La Ursa.

Spartacus: morre um gladiador


Morreu no domingo passado, dia 11/9, o ator Andy Whitfield, protagonista da série de tv Spartacus, Blood and Sand. Whitfield havia sido diagnosticado com um linfoma há um ano e meio, quando se preparava para gravar a segunda temporada da série. Em um comunicado emocionado, a esposa de Whitfield se referiu ao marido como um 'jovem e bonito guerreiro'. O ator morreu aos 39 anos em sua casa na Austrália, nos braços de sua mulher. Em pouco tempo me tornei um grande fã da série Spartacus. Primeiro, porque já era fã da biografia do homem escravizado que se tornara um dos grandes guerreiros da liberdade na era romana. Outra coisa, é tentar dar um novo 'start' a uma franquia já visitada e revisitada. Há sempre o perigo de enorme fracasso se a história não for bem contada. E é aí que a séria fica interessante. Spartacus Blood and Sand é muito bem escrita e produzida. Mérito do produtor e diretor Sam Reimi e do escritor Rob Tapert. A trama é um imenso jogo político do início ao fim, regada a muito sexo e violência explicita. Mas esses não são aspectos essenciais. Todas as caracterizações trabalham muito bem a favor da história. Visualmente a série parece uma continuação do filme 300. E finalmente, o time de atores da o peso dramático para essa ótima produção do canal Starz Media. O canal produziu também uma prelúdio chamado Spartacus: Gods of The Arena, que conta a história do ludus antes da chegada do herói. Outra ótima produção. Mas não se engane, Spartacus não é como 300. não é uma série para crianças e adolescentes. É uma produção para adultos. Fica essa singela homenagem a Andy Whitfield,  ator que passou como uma estrela cadente e deu sua cara ao lendário gladiador Spartacus

domingo, 11 de setembro de 2011

Valente

Título original:  Valente (The Brave One).
Lançamento: 2007 (Austrália, EUA).
Direção: Neil Jordan.
Atores: Jodie Foster, Terrence Howard, Naveen Andrews, Mary Steenburgen.
Duração: 119 min.

Jodie Foster é uma de minhas atrizes preferidas. Há algumas semanas até postei sobre o filme Contato. Mas sinto dizer que Valente, filme que acabo de assistir, não faz jus ao seu talento. Dirigido pelo veterano Neil Jordan (Traídos Pelo Desejo 1992, Entrevista com o Vampiro, 1994), Valente conta a história de Erica Bain (Foster), uma radialista que após assistir seu noivo ser brutalmente assassinado, torna-se uma justiceira em busca de vingança. Diferente de outras histórias de pessoas arrasadas por eventos brutais e que vão atrás de seus agressores, Valente se perde na história. Embora as atuações de Foster e Terrence Howard sejam convincentes, os argumentos não são. Trilha sonora equivocada, narrativa mal construída, aí já viu! Estava com saudades da atriz. Estou curioso para ver seu novo filme com Mel Gibson, The Beaver. Já Neil Jordan, filmou Ondine em 2009 que acabo de adquirir. Parece interessante, logo mais assisto e comento.
                          Jodie Foster e o diretor Neil Jordan.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Mundo Surreal de Sucker Punch

Título original: Sucker Punch - Mundo Surreal, 
Lançamento: 2011 (EUA). 
Direção: Zack Snyder. 
Atores: Emily BrowningJena Malone, Abbie Cornish, Vanessa Hudgens
Duração: 110 min.

Até agora Zack Snyder só havia dirigido pérolas. Madrugada dos Mortos, 300, Watchmen e o infanto juvenil A Lenda dos Guardiões. E mesmo gostando de Sucker Punch - Mundo Surreal, tenho que admitir que o diretor acreditou em um visual poderoso e que isso sustentaria a história. Não sustenta. Na trama, Babydoll (Emily Browning) é presa em um sanatório pelo padrasto que quer lobotomiza-la. Confinada, Babydoll cria um mundo imaginário onde precisa cumprir missões para escapar do lugar. Embora ache que os mundos imaginários criados pela personagem sejam fluidos e interessantes, o argumento de Sucker Punch não vai além das lutas e explosões. Destaque para os figurinos 'fetichosos' e insinuates das nossas heroínas. O filme é visualmente impecável, aliás de encher os olhos. Distração garantida pra quem abstrair a história.
 
 
  

Poesia e Luz

                   


A Luz de Clarisse
Me disse que a luz de Tati
Traz mel de Afrodite
Quando a tarde descobre o mundo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A última Trasmissão do Repórter Esso

    Foto Tatiana Reis.

Em julho eu e minha mulher Tatiana, fomos ao Rio de Janeiro gravar o mini documentário A Última Transmissão, com o lendário locutor do Repórter Esso Rio de Janeiro, Roberto Figueiredo. Fiz o som direto e  Tatiana fez a fotografia. A Última Transmissão será exibida no Festival de Cinema de Brasília no dia 30 de setembro às 15h, no auditório 1 do Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. O filme é concorrente ao Troféu Câmara Legislativa do DF.    

domingo, 4 de setembro de 2011

Os Inimigos Públicos de Maichael Mann



Título original: Inimigos públicos (Public Enemies).
Lançamento: 2009, EUA.
Direção: Michael Mann.

Atores: Johnny Depp, Christian Bale e Marion Cotillard.

Duração: 140 min.

Sou fã do diretor Michael Mann. Desde que assisti O Informante (2003) sempre fico curioso para ver seus próximos trabalhos. Gosto muito do estilo digital que ele experimenta, vide os ótimos Miami Vice  (remake, 2006) e Colateral (2004). Em Inimigos Públicos, Michael Mann conta a história do assaltante de bancos, John Dillinger (Jhonny Depp) em plena época da depressão norte-americana. Em vários momentos, o filme soa como uma homenagem aos filmes de gângsters. Diria até um novo olhar para o estilo tão batido. Elogios para o designer de produção que fez ótimo trabalho na ambientação de época. A trilha sonora também está afiada e transmite a sensação de urgência nos momentos mais dramáticos da história. Uma das partes que mais gosto, é o tiroteio entre os homens da lei e os meliantes. Para quem é meu contemporâneo, é impossível não lembrar de outro confronto de um dos primeiros filmes de Mann, Fogo Contra Fogo, no clássico e épico embate entre Robert De Niro e Al Pacino. A trilha sonora da lugar aos estalos secos e berros das armas. O som ambiente e as câmeras subjetivas do diretor, evocam a sensação real de estar em meio a um confronto. Boa história e ótima direção.
 A cima o foto do verdadeiro Dillinger e Johnny Depp imitando seu sorrisinho cínico.

A cima o diretor Michael Mann.

     

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Curiosidades

                          Jerome AbramovitchJennifer, Mannequin Series.


                                                     Desenho Wander Pavão.


                                       Jayme Martinez.
                                       Eternidade, entidade cósmica da Marvel Comics. 
                                  Arte de Emek.
                                    Desenho Wander Pavão.


Ok, antes que alguém diga, eu não estou me comparando a ninguém. Conheci essas referências no blog da Zengzung minha mulher. Só curiosidade mesmo!